Candelabro aceso para Karl Plattner
(1919 - 1986)
Artista plástico italiano e radicado por alguns anos no Brasil. Nascido em Malles Venosta (Bolzano), Itália, em 1919. Morreu em Milão, a 8 de dezembro de 1986.
Oriundo de antiga família alemã cujo nome se associava a famosos fabricantes de armadura no século XV, após viver uma juventude como pastor de ovelhas em sua região, iniciou-se na pintura como autodidata. A partir de 1946 estudou em Florença e Milão, indo a Paris em 1948 tomar aulas com André Lhote (1885 - 1962) e inscrevendo-se na academia de Grande Chaumiére.
Com sua mulher Marijô (Marie-Joseph) veio ao Brasil em 1952, a convite do Museu de Arte Moderna de São Paulo, onde realizou uma individual, passando a habitar até 1958, ali participando de grandes atividades e acabando por socar o crítico Geraldo Ferraz (1905 - 1979), então um dos corifeus da crítica paulista, com quem não simpatizava. Depois, regressou à Itália.
Aqui, lecionou, expôs e divulgou sua arte figurativa de cunho expressionista, tendo como alunos artistas que se destacaram, como o artista plástico brasileiro Wesley Duke Lee (1931- 2010), que se tornou seu único pupilo.
Em 1951, expôs em Merano, Itália; depois na Biennale del Mare, em Gênova. Enquanto no Brasil, participou do Salão Nacional de Arte Moderna, em 1952, recebendo certificado de isenção do júri; Salão Paulista de Arte Moderna; II Bienal de São Paulo (1953); Bienal de Veneza (1954); III Bienal de São Paulo (1955) etc.
Em 1956, realizou o grande painel decorativo para o saguão do jornal Folha de São Paulo. Expôs individualmente dezenas de vezes e em vários países. Por fim, retornou à terra natal, onde desenvolveu importante e curioso trabalho em afrescos e pinturas murais, como o da Camara Communale local.
Deprimido com problemas pessoais de saúde, sérios questionamentos religiosos e após três tentativas, a 8 de dezembro de 1986 suicidou-se em Milão, cortando os pulsos com uma gilete.
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