Edward Dayes

Candelabro aceso para Edward Dayes
(1763 - 1804)

(E. Dayes em autorretrato de 1801)

Artista plástico inglês. Sobre o pouco que se conhece da vida deste excelente pintor da paisagem inglesa, sabe-se que foi um aquarelista seguro e gravador preciso, tendo estudado com Willian Pether e sido professor de Thomas Girtin (1775 - 1802). Trabalhou com mezzotinte e escreveu um tratado sobre a pintura em aquarela intitulado "Instruções para desenhar e colorir paisagens", inserido no livro "Obras", só publicado postumamente (1805). Ali, proferiu ataques ao que achava "efusões imaginativas e perturbadas" de Henry Fuseli (1741 - 1825), o extraordinário artista anglo-suíço que criou as obras mais originais, exóticas e sensuais de sua época, influenciando, inclusive o jovem William Blake (1757 - 1827) em início de carreira.

Esse pequenos detalhes comportamentais, contudo, não lhe invalidam a obra, mas, certamente, angariaram muitas inimizades naquele tempo, colocando-o no Índex. Dizia-se que seu tratado era natimorto e ultrapassado em conceitos de supor o desenho e a aplicação distinta das cores como sendo meros "desenhos tingidos".

Apesar da idiossincrasia geral, parecia sincero, era um bom artista, além de sua formação acadêmica e uma trajetória profissional brilhantes. Polêmico e curioso, viajou para a Ásia e lá acabou por conhecer novos conceitos político-estéticos de arte. Isso, segundo se observa em seus parcos documentos, o teria feito inclusive questionar toda a postura imperialista e européia da época, levando-o, segundo se diz, ao isolamento, profunda depressão, revolta, loucura e subsequente suicídio no final de maio de 1804, por afogamento, no Tâmisa.


Imagens de algumas de suas obras: