René Crevel

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(1898 - 1935)

"Please cremate my body. Loathing."


Poeta, ensaísta e romancista francês. Nasceu em Paris, em 1898. Morreu na mesma cidade, a 18 de junho de 1935. Aos catorze anos, assistiu ao suicídio do pai, que se enforcou. 

Surrealista fiel a André Breton (1896 - 1966), que tinha como um pai espiritual, era homossexual assumido e, como o mestre, ligara-se ao comunismo, que o decepcionaria mais tarde. Pouco antes de morrer, foi um dos organizadores do Congresso de Escritores pela Defesa da Cultura, movimento inteiramente controlado pelo Partido Comunista Francês, contra o qual se insurgiu.

Apesar de haver publicado pouco, foi autor de Révolution Surrealiste, Spontanéité e Babylon.

Sofrendo de tuberculose renal e profundamente decepcionado pelos rumos que seguia o socialismo soviético, matou-se cheirando gás de cozinha em seu pequeno apartamento da rua Nicolo, em Paris, deixando um bilhete: "Please cremate my body. Loathing.", em livre tradução: "Por favor cremar o meu corpo. Delírio.". 

Da feita em que André Breton colocou a seguinte questão na primeira edição da Révolution Surrealiste de 1925: "Suicídio: é uma solução?" Crevel respondeu: "Sim!", acrescentando: "É provavelmente a solução mais correta e definitiva".


Obras:

No original em francês:
  •  Détours (1924)
  • Mon Corps et moi (1925)
  • La Mort difficile (1926)
  • Babylone (1927)
  • L'Esprit contre la raison (1928)
  • Êtes-vous fous? (1929)
  • Le Clavecin de Diderot (1932)
  • Les Pieds dans le plat (1933)
  • Le Roman cassé et derniers écrits (1934–1935)
 Fotos:










Túmulo do poeta.