Egon Friedell

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(1878 - 1938).

 


Crítico, ensaísta e escritor judeu austríaco. Nasceu a 21 de janeiro de 1878, em Viena. Morreu a 16 de março de 1938 na mesma cidade. 

Tido pela crítica atual como misto de jornalista, humorista, professor e ator, era filho de um próspero fabricante têxtil, e anteriormente chamou-se Friedmann.

Após várias tentativas de se aprovar no segundo grau, estudou letras germânicas, filosofia e ciências naturais em Heidelberg, onde se doutorou em 1904 apresentando a tese "Novalis como filósofo"

A partir de 1922, militou como ator extraordinariamente original e cínico nos teatros Reinhardt de Berlim e Viena. Ali também apresentou como diretor de teatro de variedades e autor espirituoso e mordaz, exibindo qualidades do humor judeu vienense, posturas também demonstradas nas funções de crítico teatral e editor cultural de vários jornais e folhetins da época.

Esparsa, sua obra principal parece ser Kulturgeschichte der Neuzeit (História cultural da era moderna), publicada em três tomos, sabendo desenvolver histórias sobre a História, mantendo assim sua atualidade  e sabor. Segundo dizia, a História deveria se transformar, de um conhecimento passado, numa análise do presente: "Tudo o que afirmamos do passado, o estamos afirmando de nós mesmos... ao mergulharmos no passado, descobrimos novas possibilidades do 'eu'".

Iniciou uma longa "História cultural da Antiguidade" e o primeiro volume sobre o "Egito e a Ásia Menor"veio a público em 1936. O segundo, sobre a Grécia, não chegou a ser editado por razões político-raciais existentes a partir da ascensão de Hitler. Em 1938 suas obras foram terminantemente proibidas pelo regime nacional-socialista, por não estar de acordo com a teoria da história promovida pelo NSDAP (Partido Nazista). Com o antissemitismo recrudescendo e homens e mulheres sendo espancados nas ruas, Friedell sabendo que poderia ser preso começou a contemplar com a ideia de suicídio. Chegou a escrever para seu amigo próximo Odon von Horváth em uma carta a 11 de março: "Eu estou sempre pronto para sair. Em todos os sentidos."

Em 16 de março de 1938, durante perseguições nazistas em seu bairro e quando os soldados da SA já subiam as escadas do seu apartamento para prendê-lo e deportá-lo para os campos de concentração, aos sessenta anos, preferiu o suicídio, berrando para os transeuntes que passavam na calçada: "Cuidado! Sai da frente!", e atirou-se da janela em seguida. 

Foi enterrado no cemitério Zentralfriedhof, em Viena.

Fotos:

 E. Friedell em Badehose (1930). 

Egon Friedell em Badehose (1930). 

Fotografia por volta de 1930. 

Selo em memória do escritor.




Egon atuando na Áustria por volta de 1938.

Egon Friedell, Else Eckersberg e Peter Stanchina no teatro de Viena em 1924.

Egon como "Demokos", 1935.

Casa dos Friedell de 1900-1938 em Gentzgasse 7, Währing, Viena.

Biografia de Egon Friedell.

  Túmulo.
Obras:


Absinto "Schönheit" (Peter Altenberg & Egon Friedell)

Das schwarze Buch (Peter Altenberg & Egon Friedell)

Der Petroleumkönig de 1908

Der Nutzwert des Dichters

Goethe, 1908

Ecce poeta, 1912

Von zu Dante d'Annunzio, 1915

Die Judastragödie de 1920

Steinbruch, 1922

Ist die Erde bewohnt, 1931

Kulturgeschichte der Neuzeit, 1927-1931

Kulturgeschichte Ägyptens und des Orienta Alten, 1936

Kulturgeschichte Griechenlands de 1940

Die Reise mit der Zeitmaschine, 1946

Kulturgeschichte des Altertums de 1949

Das Altertum nicht guerra antik de 1950

Kleine Porträtgalerie, 1953

Gênios Abschaffung Des. Ensaios bis 1918, 1984

Selbstanzeige. Ensaios ab 1918, 1985



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