Gregorio Selser

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(1922 - 1991).




Escritor e jornalista argentino. Nasceu em Buenos Aires a 2 de julho de 1922. Morreu na Cidade do México em 1991.

Filiado ao Partido Socialista, trabalhou alguns anos com o deputado Alfredo L. Palacios (1876 - 1966), com quem esteve exilado em Montevidéu (1944 - 45) durante a ditadura do general Julián Farrel (1895 - 1980) de quem Juan Domingo Perón (1895 - 1974) era vice.

Como estudante e em nome da Federação Universitária de Buenos Aires, promoveu debates com o vice-presidente norte-americano Richard Nixon (1913 - 1994) acerca das intervenções políticas de seu país na América Latina. Naquela mesma entidade, representou a classe estudantil politizada no II Congresso Latino-americano de Estudantes, acontecido em La Plata, em abril de 1957. Sobre o tema, publicou a obra Los Marines e depois, El ongoniato, criticando a comprometida ditadura do general Juan Carlos Onganía (de 1966 a 70). 

Especializou-se em ensaios de história e sociologia hispano-americana, tendo dirigido o semanário uruguaio Marcha e colaborando com outros jornais alternativos, como Capricórnio, Acción Socialista, Espiga e sobretudo Propósitos

Latino-americanista polêmico, foi autor de Sandino, general de hombres libres, biografia do general Augusto (Cesar) Sandino (1893 - 1934), que inspirou o movimento de esquerda que ocupou a Nicarágua, de 79 a 89.

Colaborador do jornal Prensa Latina, publicou Historia de los movimientos democráticos; Bolivia, el cuartelazo de los cocadolares (1982); Situación politica-social de América Latina e Las intervenciones estranjeras en América Latina (1994) surgiram postumamente em quatro volumes, assim como El rapto de Panama; El pequeño ejército loco.

De vida arriscada e misteriosa, suas últimas atividades como jornalista se deram em La Prensa, de Buenos Aires.

Acometido por uma doença mental, aos 69 anos, matou-se na Cidade do México, ingerindo uma overdose de barbitúricos. Porém, e bem a seu gosto, há versões de que tenha dado um tiro no peito.

Autor prolífico e corajoso, sua obra póstuma está sendo editada pela companheira, Martha Ventura.

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