Candelabro aceso para Adolphe Nourrit
(1802 - 1839).
(1802 - 1839).
Tenor francês. Nasceu a 3 de março de 1802, em Montpellier. Morreu em Nápolis a 8 de março de 1839.
Filho do cantor Louis Nourrit (1780 - 1831), estudou com o pai e adquiriu uma excelente voz de tenor.
Estreou na Ópera de Paris em 1821, deliciando os parisienses com sua virtuosidade. Durante dez anos, criou todos os mais importantes papéis das novas óperas: "A muda de Portici"; "A Hébrida"; "Roberto do Diabo"; "Os huguenotes..." e Gioacchino Rossini (1792 - 1868) escreveu para ele as melhores passagens de "Moisés no Egito"e "Guilherme Tell".
Mas a direção da Ópera, sem o menor tato, supondo que ele não pudesse vencer o ecletismo de seu repertório, contratou à revelia um êmulo, uma espécie de dublê chamado Gilbert Duprez (1806 - 1896). Houve discussões pela súbita rivalidade e Nourrit se demitiu, revoltado.
Seguiu para a Itália, empregando-se em Nápoles. Ali, foi contratado para estrelar em "Poliuto", que Gaetano Donizetti (1797 - 1848) escrevera especialmente para ele.
Entretanto, por motivos religiosos a censura acabou proibindo o espetáculo, que só voltaria a ser apresentado dez anos depois. Ainda assim, era aclamado pelo público e pela crítica, que o glorificaram em "Norma", de Vicenzo Bellini (1801 - 1835).
Mas não bastou. Àquelas manifestações de efusão e admiração, começou a imaginar que lhe fossem concedidos por algum motivo irrisório. No seu entender paranóico, o carinho do aplauso público seria, no fundo, uma espécie de escárnio.
Certa noite, num acesso de delírio e recusando-se ouvir as súplicas da esposa e dos seis filhos, aos 37 anos, subiu ao telhado de seu apartamento e se suicidou, jogando-se na calçada.
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