O Suicidário!: Ludwig Boltzmann

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(1844 - 1906).

Físico austríaco. Nasceu a 20 de fevereiro de 1844 em Viena. Morreu a 5 de setembro de 1906, em Duino, próximo a Trieste, Áustria (hoje, Itália).

Apreciador de música e literatura, após doutorar-se em 1866 pela Universidade de Viena, assistiu seu professor, Josef Stefan (1835 - 1893) e lecionou física naquela cidade, depois em Graz, Munique, e Leipzig, especializando-se com Robert Bunsen (1811 - 1899), Gustav Kirchhoff (1824 - 1887) e Hermann von Helmholtz (1821 - 1894). Nessa época, descreveu a "entropia"como uma lei geral da natureza, revolucionando a física.

Após lecionar física experimental, sete anos depois, retornou a Viena, onde assumiu a cadeira de física teórica. Em 1900, mudou-se para Leipzig, onde se tornou colega de seu mais ferrenho oponente científico: o químico Wolfganga Ostwald, qu sempre procurou desmistificar suas teorias afirmando: "A real irreversibilidade de fenômenos naturais, assim, prova a existência de processos que não podem ser descritos por equações mecânicas; e, com isso, o veredicto sobre materialismo científico está resolvendo".

... (três pontos, nossos).

Abatido, Boltzman tentou um suicídio frustrado. Porém, apesar de respeitado como pioneiro na aplicação da estatística nos estudos da termodinâmica e a Teoria cinética dos gases, sentiu-se rejeitado pela contínua oposição mostrada por alguns segmentos da comunidade científica da época a suas teses. Assim, após um banquete dado em sua homenagem, surpreendeu a todos, declarando ser vítima de grave doença. E deprimido, a 5 de setembro de 1906, suicidou-se, enforcando-se em Duino, próximo a Trieste, aos 62 anos de idade.

Pouco depois da morte, seu trabalho foi compreendido, aceito e considerado diretamente responsável pelas descobertas da teoria quântica e a física nuclear que se desenvolveram no futuro.

Seu trabalho foi retomado pelo físico e matemático vienense Paul Ehrenfest (1880 - 1933), que também se suicidou posteriormente.

Filosoficamente, Boltzmann é encaixado entre os pessimistas, ainda que não tenha sido necessariamente um filósofo.

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