Teodoro de Cirene


Candelabro aceso para Teodoro de Cirene (fim do séc. IV a.C).

(Não há registros de pinturas ou bustos de Teodoro de Cirene)

Filósofo e matemático grego. Discípulo de Arete, filha de Aristipo (435-350 a.C.) o companheiro de Sócrates e um dos principais fundadores da Escola Cirenaica, aceitou as teorias morais daquela corrente, que desenvolveu com originalidade e arrojo. Foi aluno de Protágoras e professor de Teaetetus, assim como do próprio Platão.

Na matemática, foi pioneiro no estudo da irracionalidade das raízes dos números inteiros não-quadrados (2, 3, 5, etc), tendo desenvolvido a prova de que a raiz de dois era irracional, a partir do teorema de Pitágoras.

Pitagórico, acreditava que nenhum dos prazeres ou dores eram bons nem maus e que a alegria e o juízo eram suficientes para a felicidade.

Seu livro "Sobre os Deuses" valeu-lhe a alcunha de O Ateu. Porém, de acordo com Anfícrates, Teodoro encontrou tantas dificuldades com suas ímpias teorias que foi obrigado a deixar Cirene (hoje Shahhat, Líbia) e refugiar-se em Atenas onde, reconhecido, foi condenado pelo Areópago a se suicidar, bebendo cicuta.

A sua obra ("Sobre os Deuses”), fora perdida, mas sobre ela nos conta Diógenes Laércio:

"Teodoro dizia que devíamos renunciar completamente à crença sobre os Deuses. Encontrei uma obra sua intitulada Sobre os Deuses, obra notável, da qual se diz que Epicuro tudo o que havia dito sobre o assunto"

Ainda com Diógenes:

Stilpon: Teodoro és o que o teu nome significa? (Teo = Deus [N.R.])
Teodoro: Sim!
Stilpon: Teu nome quer dizer “Deus”?
Teodoro: Sem dúvida!
Stilpon: Logo, tu és Deus?
Rindo-se, Teodoro tomando o assunto jocosamente, disse:
Teodoro: Meu querido, tu demonstrarias por este raciocínio, que tu és uma gralha ou um outro animal do gênero.


Frase:
"São princípios da ação o prazer e a dor. Que aquele dimana da sabedoria e esta da ignorância.”